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Delmiro Gouveia,25/04/2025

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Marcio Martins

Um silêncio constrangedor ecoa no plenário da Câmara Municipal de Canapi

Por que 1/3 dos vereadores “entram mudos e saem calados” em praticamente todas as sessões do parlamento canapiense?

Redação Portal EGM
Um silêncio constrangedor ecoa no plenário da Câmara Municipal de Canapi

Goste você ou não, seja por falta de paciência, descrença com a classe política ou mesmo por idolatria ao seu “corrupto preferido”, o que faltava no cenário político do município de Canapi no alto sertão de Alagoas era de fato uma oposição instituída pelo voto popular, mesmo que fosse um único vereador com vez, voz e CORAGEM. 

E eis que, na falta de um homem entre tantos que já passaram pelo parlamento municipal servindo não ao povo, mas ao seu “líder” como enchem a boca para dizer inclusive no plenário da Câmara, surge uma mulher, uma vereadora eleita pelo voto popular, por sinal, a única vereadora eleita pelo bloco de oposição, um “remédio amargo” difícil de engolir nas sessões da Câmara. Prova disso, é o silêncio constrangedor que ecoa no plenário durante e depois da fala da vereadora quando reivindicando direitos da população e denunciando os descasos da administração pública municipal.

Que pese sobre ela o fardo de representar outra corrente política tão nociva quanto a que combate, responsável pelo retrocesso histórico do município nos últimos 30 anos divididos sob a liderança de dois famosos “coronéis” canapienses, figuras conhecidas da Polícia Federal, Camila Paulino responde apenas pelo seu CPF, não cabendo ser julgada por suas alianças partidárias, mas por suas ações, omissões, palavras, conduta e votos. E justiça seja feita! Nesses quesitos, até aqui, vem ganhando enorme apreço popular.

É de fato constrangedor assistir as sessões da Câmara Municipal de Vereadores de Canapi e se deparar com pelo menos 04 parlamentares que representam mais de 1/3 do parlamento, “entrarem mudos e saírem calados” das sessões por mais relevância que tenham os temas e projetos de lei em discussão. 

Todavia, além do presidente e de outros três vereadores de situação que vez ou outra pedem a palavra, o destaque vai para o vereador Davi de Vieira que em seu primeiro mandato assim como a vereadora Camila, já usou do seu tempo de fala nas sessões mais que 1/3 dos seus pares durante todo tempo que estão vereadores. A explicação pode está no fato que Davi também faz oposição, mas não a atual prefeita e seu grupo político do qual ele faz parte, mas ao presidente da Câmara, o vereador Luciano Carnaúba que um dia também já carregou e foi eleito vereador com o peso da influência do sobrenome do ex-prefeito Vieira (seu ex-padastro). O clima de tensão entre os dois é constante em todas as sessões, a exemplo da última sessão ordinária quando Luciano cassou o direito de resposta do vereador Davi e encerrou a sessão sendo taxado de AUTORITÁRIO por aquele que um dia chamou de irmão.

E é assim em meio aos embates políticos e porque não dizer “familiares” no parlamento canapiense, que os “mudinhos” seguem aguardando as próximas eleições e a reeleição, pois estes sabem a “senha do voto” assim como você sabe e eu também sei, mas que dadas às circunstâncias do momento, o melhor é ser mudinho também.



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