Você já se perguntou como a Igreja Católica escolhe seu novo líder? Esse processo milenar se chama conclave, e envolve rituais, tradição e muito sigilo.

A palavra vem do latim cum clavis — “com chave” — porque os cardeais literalmente são trancados no Vaticano durante a votação, sem nenhum contato com o mundo exterior. A ideia é garantir uma escolha livre de influências externas.

Tudo começa quando há uma vacância no papado, como aconteceu com a renúncia de Bento XVI em 2013. O responsável por organizar o processo é o cardeal camerlengo, que assume a administração da Igreja até a eleição do novo Papa.

Mas quem vota? Apenas cardeais com menos de 80 anos podem participar — no máximo 120 — e todos são escolhidos por papas anteriores.

A votação acontece na famosa Capela Sistina, em sessões diárias, até que um dos cardeais receba dois terços dos votos. Após cada votação, as cédulas são queimadas:

Fumaça preta? Ainda não foi escolhido.

Fumaça branca? Habemus Papam! Um novo Papa foi eleito.

Assim que aceita o cargo, o eleito escolhe o nome que adotará como pontífice, veste as vestes brancas e aparece pela primeira vez ao mundo na varanda da Basílica de São Pedro.

O conclave é tradição, símbolo de continuidade e também um evento que movimenta o mundo inteiro. Foi assim que, em 2013, o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio se tornou o Papa Francisco.

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