Quem era a cantora e ativista Santrosa, encontrada morta e decapitada em Mato Grosso
Corpo apresentava sinais de violência, incluindo membros amarrados; ela era suplente de vereadora em Sinop
A cantora e suplente de vereadora transexual Santrosa, de 27 anos, foi encontrada morta em uma área de mata em Sinop, no estado de Mato Grosso, no dia 10 de novembro. O corpo da artista apresentava sinais de violência, incluindo decapitação e membros amarrados. Até o momento, as autoridades não identificaram suspeitos relacionados ao crime. Santrosa havia se candidatado a uma vaga na câmara municipal nas eleições de 2024, mas não conseguiu ser eleita.
No entanto, ela estava prevista para assumir a posição de suplente no próximo ano. A Associação da Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Mato Grosso já solicitou a intervenção do Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH) para garantir que a investigação do caso seja conduzida com rigor. Na sua trajetória política, Santrosa defendia a ampliação do acesso à cultura para as comunidades periféricas e a promoção dos direitos da população LGBTQIA+.
Ela também se destacou na luta contra a discriminação, buscando visibilidade e respeito para as pessoas trans. Dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) revelam que o Brasil lidera o número de assassinatos de pessoas trans, com 145 mortes e dez suicídios registrados em 2023.
O desaparecimento de Santrosa ocorreu no dia 9 de novembro, quando saiu de casa e não retornou. A família, preocupada com sua ausência, registrou um boletim de ocorrência após a artista não comparecer a um show que estava agendado. Nas redes sociais, amigos e admiradores têm deixado mensagens de condolências e clamado por justiça em relação ao assassinato da cantora.
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