Mesmo diante da resistência da Argentina, Brasil defende igualdade de gênero e taxação de bilionários no G20
Sob a liderança de Javier Milei, o governo do país vizinho orientou seus diplomatas a não apoiar declarações que favorecessem a Agenda 2030, plano da ONU que visa o desenvolvimento sustentável
O Brasil reafirmou seu compromisso com a igualdade de gênero e a taxação de bilionários na declaração final do G20, mesmo diante das pressões exercidas pela Argentina. Por meio de documentos oficiais, o grupo internacional reiterou a importância do empoderamento de mulheres e meninas. No primeiro texto sobre o tema, aparecia a observação da Argentina sobre a assinatura em colchetes. Logo depois, no documento seguinte, a citação sobre assinatura incerta da Argentina não aparece. Vale lembrar que o uso de colchetes na linguagem diplomática aponta que alguma nação ainda está em consulta sobre o tema.
Na semana anterior, a posição da Argentina se destacou, pois foi o único país a votar contra uma resolução da ONU que condenava a violência contra as mulheres. Além disso, na declaração do G20, a proposta de taxar os super-ricos também enfrenta resistência por parte do governo argentino, que se opôs a essa inclusão. Além disso, a Argentina se opôs ao tema da Agenda 2030 da ONU, que visa promover o desenvolvimento sustentável.
Sob a liderança de Javier Milei, o governo argentino orientou seus diplomatas a não apoiar declarações que favorecessem a Agenda 2030 da ONU, um plano global com 17 objetivos e 169 metas que visam o desenvolvimento sustentável. A conduta argentina gerou apreensão no Itamaraty durante os dias de negociação no Rio, que se dedicou a tentar um acordo que fosse aceito por todos os países do G20.
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