Tarifas dos EUA devem ter impacto limitado no Brasil, diz governo
Relatório do Ministério da Fazenda diz que a adoção de práticas protecionistas pelos Estados Unidos traz riscos para o cenário de atividade global
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O Ministério da Fazenda informou nesta quinta-feira (13) que as tarifas de importação sobre ferro, aço e alumínio nos Estados Unidos devem exercer impacto limitado nas exportações brasileiras, se efetivamente implementadas. A informação consta em relatório elaborado pela Secretaria de Política Econômica da pasta.
“Tarifas de importação sobre ferro, aço e alumínio nos Estados Unidos devem exercer impacto limitado nas exportações brasileiras, se efetivamente implementadas”, diz.
De acordo com o governo federal, as exportações brasileiras de ferro, aço e alumínio para os Estados Unidos corresponderam a apenas 1,9% do valor total exportado pelo Brasil em 2024. Quando se consideram volume exportado, equivale a 40,8%,
“Nesse sentido, tarifas de 25% sobre importações de produtos de ferro, aço e alumínio devem ter impactos relevantes na indústria de metalurgia, porém limitados no total das exportações e no PIB brasileiro”, afirma.
Na avaliação do Ministério da Fazenda, a adoção de práticas protecionistas pelos Estados Unidos traz riscos para o cenário de atividade global resiliente e para o processo de desinflação, já que tende a elevar a aversão global ao risco. Para o governo federal, o cenário irá contribuir para o fortalecimento do dólar.
“Para o ano, a expectativa é de estabilidade no ritmo de crescimento mundial e de continuidade na redução da
inflação, mas há riscos para esse cenário, com destaque para a maior fragmentação comercial devido à imposição de tarifas pelos Estados Unidos”, diz o texto.
Na última segunda-feira (10), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou a taxação de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio ao país. O republicano sinalizou também que não fará isenções ou exceções.
Dados do Comex Stat, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, mostram que os EUA foram destino de 47,9% das exportações brasileiras do grupo de aço e ferro em 2024.
Texto: CNN Brasil
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