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Delmiro Gouveia,20/02/2025

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Hemoal orienta como se cadastrar para ser doador de medula óssea

Devido à miscigenação brasileira, para cada 100 mil pessoas cadastradas, apenas uma terá a medula óssea compatível com um receptor


Hemoal orienta como se cadastrar para ser doador de medula óssea Foto: Agência Alagoas
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Fevereiro Laranja é o mês de alerta para o combate e tratamento da leucemia, doença hematológica conhecida como o câncer do sangue, onde a cura do paciente ocorre, na grande parte dos casos, por meio do transplante de medula óssea. Para isso, no entanto, é necessário aumentar o cadastro de doadores, cujo número atual corresponde a 64.613 alagoanos inscritos, conforme dados do Hemocentro de Alagoas (Hemoal), responsável no Estado pela captação dos voluntários.

Para se cadastrar como doador voluntário de medula óssea é necessário estar em boas condições de saúde, ter entre 18 e 35 anos de idade, e se dirigir até uma unidade do Hemoal, seja em Arapiraca ou Maceió, portando documentos como CPF ou RG, além de um comprovante de residência. Ao chegar ao posto de cadastro, o voluntário vai preencher um formulário e fazer a doação de 5 ml de sangue, cuja amostra será submetida a um exame laboratorial para obter o código genético.

Com o código genético, será realizado um cruzamento com os dados do Cadastro de Receptores de Medula Óssea (Rereme), para verificar se o voluntário é compatível com algum dos pacientes que necessitam de uma doação de medula óssea para curar a leucemia. Se o voluntário que se cadastrou for compatível geneticamente com um receptor, ou seja, com um paciente que precisa do transplante de medula óssea, ele passará por exames complementares e o procedimento será realizado.

A doação de medula óssea consiste em uma punção na medula óssea, que não deve ser confundida jamais com a coluna vertebral, conforme explica a médica hematologista do Hemoal, Verônica Guedes. “Por meio deste procedimento, é retirada uma quantidade de um líquido esponjoso, que será utilizado para ser transplantado em um paciente portador de leucemia. Após 48 horas, o voluntário já poderá retomar as suas atividades normais, uma vez que o procedimento é considerado simples”, ressalta a especialista.

Verônica Guedes enfatiza que, devido à miscigenação brasileira, para cada 100 mil pessoas cadastradas, apenas uma terá a medula óssea compatível com um receptor. “Por esta razão, quanto mais alagoanos tivermos cadastros no Registro Nacional dos Doadores de Medula Óssea, maiores serão as chances de encontrarmos pessoas compatíveis com os pacientes acometidos por leucemia e que estão na fila de espera aguardando por um transplante de medula óssea”, frisa a médica hematologista do Hemoal.

Exemplo

Raphael de Oliveira, de 33 anos, é um dos mais de 64 mil alagoanos cadastrados no Hemoal como doador de medula óssea. Mas, além de ser cadastrado, ele já foi compatível com um receptor, ou seja, uma paciente chamada Alice, que reside em Foz do Iguaçu, no Paraná, e que precisava do transplante de medula óssea, que ocorreu em 2021, quando a doação foi efetivada.

“Há mais de 15 anos sou doador voluntário de sangue e, seguindo o exemplo do meu pai, me cadastrei também para ser doador de medula óssea. Em 2021 me convocaram para fazer exames de compatibilidade. Fiz os exames e comprovou-se a compatibilidade. A doação foi feita, ela recebeu o transplante e está cheia de vida”, relata Rafael Oliveira, que, depois de salvar a vida de Alice, leva uma vida normal em Maceió.

Beneficiada

Entre os alagoanos que já foram beneficiados por um transplante de medula óssea está a adolescente Melissa Luna, 12 anos, diagnosticada com Leucemia Linfóide Aguda, em dezembro de 2023. Segundo a mãe da adolescente, Josiane Luna, a notícia foi devastadora para ela e toda a família, por saber que a filha estava com câncer e que a cura só ocorreria por meio do transplante.

“A sensação era de que o mundo estava desabando em nossos pés. Como Melissa não tem irmãos, iniciamos uma campanha para encontrar um doador de medula óssea compatível. Fomos agraciados com uma doara de apenas de 20 anos, residente no Canadá, que mesmo sem nos conhecer, não hesitou em dizer sim e, em junho do ano passado, Melissa foi submetida ao transplante, possibilitando que hoje esteja bem de saúde, mostrando que cada pessoa pode se cadastrar como doador e salvar uma ou mais vidas”, frisou Josiane Luna.

Fonte: Agência Alagoas

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